
A CPI que investiga a emissão das carteiras estudantis falsas ouviu nesta segunda-feira (23), empresários e produtores culturais na busca por soluções para o fim desta prática irregular no estado do Rio. Na ocasião, todos os empresários se mostraram favoráveis a idéia do presidente da CPI, deputado Rafael Picciani (PMDB) sobre delegar a um único órgão, a emissão do documento em todo o estado. A responsabilidade pela emissão ficaria a cargo da Secretaria Estadual de Cultura.
Segundo o deputado Gustavo Tutuca (PSB), relator da CPI, não cabe aos parlamentares, a revogação da Lei da Meia-Entrada nº 2.519/96 que garante o benefício em cinemas, shows e praças esportivas e sim a criação de mecanismos de controle visando sua fiscalização e cumprimento.
O próximo passo segundo Gustavo, será a divulgação dos materiais publicitários em cinemas e shows a fim de inibir e amenizar o uso indiscriminado dessas carteiras falsas.
Presente a reunião, o presidente da Associação Brasileira dos Empresários Artísticos (Abeart), Ricardo Chantilly, disse que atualmente todos tem perdido com a questão da meia-entrada, pois os estudantes pagam o valor inteiro dos ingressos, quem não tem direito ao benefício paga o preço normal e os empresários acabam arcando com o prejuízo. Para Ricardo e os demais produtores, o governo poderia sim, ser o responsável pelas emissões das carteiras no estado.
Para Roberto Darze, presidente do Sindicato das Exibidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro, uma outra alternativa seria a criação de um projeto de lei que delimitasse horários para a utilização da meia-entrada.
A Vice-presidente da CPI, deputada Myrian Rios (PDT), sugeriu o fim da utilização da meia-entrada ou a limitação etária dos estudantes também como alternativa para a solução do problema.
Participaram ainda da reunião, Andreia Rodrigues, assessora jurídica do Sindicato das Exibidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro, Tatiana Batista, diretora do Grupo Severiano Ribeiro, Carlos Marin, diretor geral da UCI Cinemas, Ana Keila Marchiori e Silvandi Santos Menezes do Grupo Cinemark.