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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sistema dará alerta a comunidades localizadas nas áreas de risco em desastres naturais


Durante audiência da Comissão Especial sobre Catástrofes Climáticas, nesta terça-feira (21), a coordenadora do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN) do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Noris Diniz, afirmou que até o fim do ano o País terá um sistema de alerta para comunidades localizadas em áreas de risco. De acordo com ela, o alerta será feito, com seis horas de antecedência, a partir do cruzamento de informações da previsão das próximas chuvas e o mapeamento das regiões com risco de enchentes e deslizamento de encostas.

A especialista explicou que o sistema será formado por quatro módulos principais: conhecimento dos riscos; sistema de monitoramento e alerta; difusão e comunicação e; capacidade de resposta. “A partir daí vamos analisar se a coleta de dados é sistemática, se a vulnerabilidade dos solos é conhecida e se os mapas das áreas de risco estão sendo amplamente distribuídos”.

Segundo Noris, o modelo de alerta usado como base é do Japão, mas é preciso que seja feita uma adaptação das condições de solo tropical. “Nas chuvas, cada solo se comporta de maneira diferente. É preciso analisar a suscetibilidade do local, a ameaça de perigo, a vulnerabilidade e o risco”. Dados apresentados pela especialista mostram que, dos 241 municípios já mapeados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), 32 tem risco muito alto, 137 apresentam risco alto e 80 têm risco médio de deslizamento.

Atendendo ao pedido do relator da Comissão, deputado federal Glauber Braga (PSB-RJ), Noris sugeriu que sejam incluídas na legislação cartas geotécnicas municipais para avisar a cada município qual a sua situação de risco. “É importante dar soluções para áreas habitadas, criar locais alternativos de moradia ou realizar obras de contenção”. A partir do relatório final da Comissão, o deputado quer que seja confeccionado um Código Nacional de Defesa e Proteção Civil.

Para Glauber, a especialista conseguiu informar bem sobre as ações que já estão sendo feitas pelo MCT, mas é preciso pressionar para que os prazos de instalação do sistema sejam cumpridos. “Sem o alerta, as comunidades ainda estão em risco nas regiões mais críticas.”

Fonte: www.glauberbraga.com.br