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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Extensa fronteira com países produtores de drogas dificulta combate ao tráfico no Brasil

Durante audiência na Comissão Especial de Combate às Drogas, o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (PF), Oslain Santana, apresentou dados alarmantes relacionados a países que fazem fronteira com o Brasil. De acordo com ele, o Paraguai, segundo maior produtor de maconha do mundo, exporta 80% do produto para o Brasil, além disso, serve também como porta de entrada para cocaína fabricada em outros países. Bolívia, Peru e Colômbia, os três maiores produtores de cocaína, também são responsáveis por abastecer o mercado consumidor brasileiro.

Segundo o diretor da PF, as fronteiras com esses países são extensas, o que complica o trabalho de combate ao tráfico. “Só no Mato Grosso temos 700 quilômetros de fronteira seca, o que dificulta o patrulhamento”. A facilidade de entrada das drogas no País auxilia também a exportação para outros continentes, como América do Norte e Europa. “A droga é um mercado lucrativo e os traficantes estão sempre de olho no maior mercado consumidor e com maior potencial de lucro. Hoje já existem 160 mil hectares de cocaína plantada no mundo”.

Para enfrentar o problema, a Polícia Federal criou estratégias de enfrentamento, que visam aumentar o número de policiais nas fronteiras e investir em tecnologias para aumentar a fiscalização. Além disso, realiza trabalho integrado com as polícias rodoviária e civil e negocia contratos de cooperação com policiais de outros países para ajudar na busca pelos traficantes. “É necessário um serviço de inteligência para investigar e prender os grandes traficantes. É preciso também alienar os seus bens que normalmente são usados para lavagem de dinheiro do tráfico”, acrescenta Santana.

Este ano, o Governo Federal investiu na compra de dois aviões Vant, com capacidade de filmar e fotografar fronteiras em um raio de 300 quilômetros. O avião, que deve entrar em ação daqui alguns meses, promete quadriplicar a capacidade da Polícia Federal.

A PF conta também com um Instituto de Criminalística responsável por descobrir o perfil químico das drogas apreendidas. De acordo com o perito criminal do instituto, Adriano Maldener, conhecer a origem da droga, quais os mercados que estão utilizando e saber que produtos são acrescidos facilita as investigações. “Precisamos investir em todos os mecanismos possíveis para diminuir o uso de drogas no País. Hoje aproximadamente 1% da população brasileira é usuária de cocaína. A maconha é usada por 2,6% da população”.

Para o relator da Comissão e autor do requerimento solicitando a audiência, deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL), a Polícia Federal deu importante contribuição para a política de repressão. “No combate ao tráfico de drogas precisamos entender a dimensão das fronteiras com outros países. Os números apresentados vão me ajudar a elaborar o relatório final da Comissão”.


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Fonte: www.psbnacional.org.br