A Câmara Municipal do Rio de Janeiro foi palco, no dia 9 de agosto, às 18h30, do lançamento do Ciclo de Debates RIO2025. O evento, promovido pelo Partido Socialista Brasileiro do Estado do Rio de Janeiro (PSB-RJ) e apoiado pela Fundação João Mangabeira (FJM), objetiva a formação dos futuros candidatos a prefeito e a vereador do município.
A pauta foi “Reforma Política, Quadro Partidário e Legislação Eleitoral”.
O vereador Rubens Andrade (PSB-RJ) presidiu a mesa, composta pelo Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, deputado e presidente do PSB-RJ, Alexandre Cardoso, e pelo professor e sociólogo Jairo Nicolau. Segundo Rubens Andrade, o ciclo de debates amplia a democracia interna. “Além disso, subsidia a densidade das propostas dos futuros parlamentares”, disse.
Alexandre Cardoso afirmou ainda que, diante das despesas eleitorais cada vez mais crescentes, qualificar os candidatos, representa a luta dos políticos não corruptos para se elegerem com propostas que trazem benefícios reais à população. “Não podemos compactuar com as doações partidárias”, disse.
Cardoso criticou o fato de alguns centros sociais pertencerem a políticos e não ao Governo. “Porém, a população não aceita o fechamento desses centros, mesmo sabendo que pertencem a um político e não ao Governo, que ali deveria ter comparecido”. Segundo Cardoso, “o Estado é quem deveria assistir os cidadãos. Porque são eles que pagam os impostos, que por sua vez pagarão a assistência”.
Jairo Nicolau elogiou a iniciativa do PSB-RJ e da FJM em qualificar os seus candidatos às eleições de 2012: “O povo só tem a ganhar com esses debates. Todos que estão aqui terão elementos para refletir diante das decisões inerentes a uma campanha política. É um grande avanço”.
Fenômenos como o Tiririca foram abordados por Nicolau e lamentados. Pois caminham na contramão da história.
O financiamento público das campanhas também foi abordado pelos debatedores, que concluíram que não é possível fiscalizar todos os partidos em suas minúcias. Segundo eles, o modelo brasileiro com o Fundo Partidário e os programas de TV são um grande passo em direção às soluções cada vez mais modernas.
O debate finalizou com a questão das coligações. Para os debatedores, o fato sinaliza dificuldades no aprofundamento da democracia nacional.
O Rio de Janeiro em 2025
O Brasil, em 2025, certamente terá mudado. Sua população, cidades e campo, relações sociais, instituições, economia e meio ambiente. As administrações públicas, organizações sociais e os meios de comunicação terão passado por transformações. Além do próprio papel do Estado.
No plano nacional essa análise já está acontecendo em algumas áreas ligadas ao “Planejamento Estratégico” do Governo Federal.
Para nós, do PSB-RJ, igualmente se impõe a reflexão e o debate sobre essa agenda de futuro. Que país nós queremos que seja o Brasil em 2025?
Com todas as condições dadas para um Desenvolvimento Social, Econômico, Ambiental e Institucional Sustentável, poderá ser o Brasil um país de vanguarda internacional? Para a evolução dos demais países e continentes submetidos à iniquidades estruturais e seculares. Todavia, chegando a ser, a essa altura, o 4º ou 5º PIB do mundo, há um processo a ser percorrido até lá. Mesmo porque não basta ocupar tal posição se for em uma sociedade com alta concentração de renda e sem acesso da maioria da população à qualidade de vida que tal desenvolvimento deve proporcionar. Sobretudo, internamente.
Como deverá ser essa agenda expressada no processo social, econômico, ambiental e institucional nesses próximos 20 anos?
Cabe ao Estado Nacional, aos Governos em suas três esferas (federal, estadual e municipal), aos partidos políticos e à sociedade em geral formular o caminho a seguir.
Para nós, do PSB do Rio de Janeiro se coloca a necessidade dessa reflexão e debate. Estão ocorrendo, em nosso estado, uma reestruturação econômica com fortes impactos e um correspondente afloramento de grandes expectativas e desafios.
Trata-se de formular quais os rumos que devemos seguir; o papel que terá o PSB nesse processo e o desenvolvimento no Estado do Rio de Janeiro. E seus efeitos regionais e locais de modo a superar as desigualdades existentes em seu território.
Estão os entes públicos e privados, as políticas públicas, as organizações da sociedade no Rio de Janeiro capazes de cumprir essa missão?
É o que devemos tratar de refletir e debater.
Fonte: www.psbrio.org.br
